quarta-feira, 22 de junho de 2011

Benefício da lavagem das mãos com clorexidina degermante

   
Identificação de contaminação bacteriana no sabão líquido de uso hospitalar
Autorres: Joselany Afio CaetanoI; Maria Alzete LimaII; Maira Di Ciero MirandaIII; José Carlos SerufoIV; Paulo Roberto Lins PonteV
IEnfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil. joselany@ufc.br

IIEnfermeira do Município de Mulungu. Mulungu, CE, Brasil.

IIIEnfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.

IVMédico. Docente da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil.

VMédico. Chefe do Ambulatório dos Servidores da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, Brasil.
serufo1@gmail.com
mairadi@bol.com.br
alzetelima@yahoo.com.br





     A lavagem das mãos pelos profissionais de saúde antes do contato com os pacientes é tida como medida fundamental de controle de infecção hospitalar, por serem as mãos o principal veículo de transmissão de microorganismos no ambiente hospitalar; dada a capacidade da pele para abrigar microorganismos e transferi-los de uma superfície para a outra, por contato direto, pele com pele, ou indireto, por meio de objetos.

          Diversas são as publicações científicas que demonstram a correlação entre a higienização das mãos e a redução na transmissão de infecções. Estudos bem conduzidos têm mostrado a importância da implementação de práticas de higienização das mãos na redução das taxas de infecções e a maioria absoluta dos especialistas em controle de infecções concorda que a higienização das mãos é o meio mais simples e eficaz de prevenir a transmissão de microorganismos no ambiente assistencial.

     A necessidade da higienização das mãos é reconhecida também pelo governo brasileiro, quando inclui recomendações para esta prática no Anexo IV da Portaria 2.616/98 do Ministério da Saúde, que instrui sobre o Programa de Controle de Infecções Hospitalares nos estabelecimentos de assistência à saúde no País.

          A importância deste tema fica ainda mais destacada quando verificamos que diversas regulamentações internacionais e manuais, elaboradas por associações profissionais ou órgãos governamentais internacionais direcionadas à higienização das mãos, reconhecem as evidências sobre o valor desta ação básica de controle, que pode ser alcançada na prática do uso de sabões, detergentes ou anti-sépticos.

          No Brasil, os principais agentes degermantes preconizados para a lavagem das mãos na prática hospitalar são o sabão líquido não-medicamentoso, o álcool etílico a 70% e as soluções detergentes anti-sépticas de PVP-I a 10% e de clorhexidina a 4%. (CITADA NA RELAÇAO DE MATERIAIS PARA REALIZAÇÃO DO CATETERISMO VESICAL)

Em virtude da sua intensa atividade antimicrobiana, ação rápida, boa tolerância cutânea e facilidade de aplicação, produtos à base de álcool gel são recomendados para a higienização das mãos. Mais estudos salientam a importância da validação do produto antes de introduzido na prática clínica, pois nem todos os alcoóis géis, mesmo no intervalo de 1,5 minuto, têm eficácia no processo de desinfecção.

          Os sabões são sais que se formam pela reação de ácidos graxos obtidos de gorduras vegetais e animais, com metais ou radicais básicos (sódio, potássio, amônia etc.); e têm ação detergente, ou seja, permitem a remoção de sujidade, detritos e microorganismos viáveis (não-colonizadores). Sua ação é mecânica e não possui efeito bactericida.

          Já os anti-sépticos são formulações germicidas que atuam na flora contaminante e colonizadora, com baixa causticidade; e devem ser guardados em recipientes fechados e estéreis antes de serem colocados em uso e, uma vez abertos, devem ser protegidos de contaminações. Além disso, por terem sua validade reduzida, devem ser rotulados, observando-se as normas de troca semanal, quinzenal ou mensal.

          Diante dessas considerações, este estudo avaliou a contaminação microbiana do sabão líquido utilizado em uma unidade terciária de saúde, pois, a nosso ver, estudos desta natureza auxiliam na prevenção de infecção e, conseqüentemente, na redução de suas taxas e de seus custos. Desse modo, acarretam benefício para a instituição e para o paciente que não terá seu estado de saúde comprometido nem sua permanência prolongada no hospital em decorrência de uma infecção hospitalar.

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